Você está um dia lá. Não planejou ou lembra bem de como chegou. Apenas pequenos vislumbres de autopiedade e julgamentos que não ajudam a ter uma visão clara e imparcial. A velha confusão que a massa nem liga… Dá o o nome de sorte e azar… Mas está sozinho. Um tipo de fundo do poço. Sem luz e tesão. Coisas rastejando ao seu redor. Velhas lembranças e dor. Pena. Aí vem as doenças, uma atrás da outra, roubando sordidamente o pouco de energia que te restou para a subida. As vezes há um batalhão ao seu redor, mas por um fatal mistério, você não os vê e eles não te veem. Até os julgamentos bobos são tratados com completa indiferença. Nem a estupidez te chama mais a atenção. A beleza ? uma afronta… Sou um monstro… Há apenas a febre e as dores. Sim autopiedade na ponta da lança, ferindo o bom orgulho, queimando os olhos de qualquer bondade. É ruim, Amargo. Mas está lá. Quantas pessoas tiveram a coragem de admitir que estão em um estado bestial. Sem se julgar e talvez, prontos a receber a porrada da sociedade que vive nas alturas. Bem doentio esconder seus próprios sentimentos. Se não os deixa sair e viver, como vai se conhecer? Se não faz o caminho como vai se encontrar? De qualquer forma, é a única coisa que deveria interessar ?… Como saio daqui.